NOTÍCIAS
Personagens Gaúchos: há 85 anos nascia o escritor Luiz Fernando Veríssimo
14 DE SETEMBRO DE 2021
Em continuidade ao projeto “Personagens Gaúchos”, neste mês a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Rio Grande do Sul (Anoreg/RS) traz detalhes da vida do escritor Luiz Fernando Veríssimo. Neste ano, no dia 26 de setembro, completam-se 85 anos do nascimento do escritor gaúcho.
Nascido no dia 26 de setembro de 1936, na capital do estado do Rio Grande do Sul, no Hospital Beneficência Portuguesa em Porto Alegre, a certidão de nascimento de Luiz Fernando Veríssimo encontra-se no Registro Civil das Pessoas Naturais da 4ª Zona de Porto Alegre, no livro A-31, folha 142. No documento, o registro da filiação completa do escritor: filho do também escritor Érico Veríssimo e de Mafalda Volpe Veríssimo, neto de Sebastião Veríssimo, Abegail Lopes Veríssimo, Vincenzo Antonio Guiseppe Volpe e Emma Alfen Volpe.
“A certidão de nascimento está para o cidadão como a Constituição está para a própria cidadania. Nada é mais básico e importante, tanto em um caso como no outro, em termos documentais. De maneira geral, todos temos orgulho de nossas certidões de nascimento, que registram dados a um tempo iniciais e definitivos da trajetória existencial de cada ser humano. No caso de Luiz Fernando Veríssimo, o orgulho é comungado por milhões de pessoas que veneram as memórias de Mafalda e Érico Veríssimo”, destacou o presidente da Associação Nacional de Escritores (ANE), Fabio de Sousa Coutinho.
O escritor
Conhecido por suas crônicas e contos de humor, Luiz Fernando Veríssimo é também jornalista, tradutor, roteirista de programas para televisão e músico. Parte de sua infância foi vivenciada nos Estados Unidos, onde seu pai lecionou literatura brasileira nas universidades de Berkeley e de Oakland, entre 1941 e 1945. O escritor só retornou ao Brasil no ano de 1956.
Já em Porto Alegre, Luiz Fernando Veríssimo começou a trabalhar na Editora Globo, no departamento de artes, e em 1960 passou a integrar o conjunto musical Renato e Seu Sexteto. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1962, onde atuou como tradutor e redator publicitário. Já no ano seguinte, em 1963, casou-se com a carioca Lúcia Helena Massa, com quem teve três filhos, Pedro Veríssimo, Fernanda Veríssimo e Mariana Veríssimo.
Retornou para a capital gaúcha em 1967 e ingressou no jornal Zero Hora, trabalhando como revisor de textos. A partir de 1969, começou a assinar sua própria coluna diária. Entre os anos 1970 e 1975 trabalhou no jornal Folha da Manhã, escrevendo sobre esporte, música, cinema, literatura e política.
Para o presidente da ANE, “Luiz Fernando Veríssimo pertence a uma seleção brasileira de grandes cronistas de todos os tempos, em nossa literatura. Suas crônicas são
caracterizadas por um refinado senso de humor e uma sutil conotação de crítica de costumes, tudo expresso em textos de cativante leveza estilística”, apontou Fabio.
Luiz Fernando Veríssimo publicou O Popular em 1973, uma coletânea de textos que já haviam sido publicados nos jornais onde trabalhou. Em 1975, retornando ao jornal Zero Hora, passou também a escrever para o Jornal do Brasil, mesmo ano em que publicou A Grande Mulher Nua.
Quatro anos depois, em 1979, publicou Ed Mort e Outras Histórias, livro de crônicas, cujo personagem virou um dos mais populares de sua obra. Em 1981, lançou, na Feira do Livro de Porto Alegre, o livro de crônicas O Analista de Bagé, obra que se esgotou em dois dias. Já entre 1982 e 1989, foi redator semanal, com artigos bem-humorados, para a revista Veja, e em 1994 publicou Comédias da Vida Privada, que foi adaptada para uma minissérie na televisão.
Na carreira musical, em 1995 Luiz Fernando Veríssimo passou a integrar o grupo Jazz 6, que lançou os CDs Agora é Hora (1997), Speak Low (2000), A Bossa do Jazz (2003) e Four (2006).
Sobre as curiosidades e características da vida pessoal e
profissional do escritor, Fabio Coutinho ressalta que “sempre me encantou o fato de Luiz Fernando Veríssimo ser um fã de jazz e futebol, duas paixões que cultivo ao longo de toda a vida. Não torcemos pelo mesmo time, mas admiramos muitos jazzistas americanos, principalmente os mestres do saxofone, instrumento que Luiz Fernando Veríssimo toca desde a juventude passada parcialmente nos Estados Unidos”.
Recebeu o prêmio Juca Pato e foi considerado o Intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores no ano de 1997. Em 2003, seu livro Clube dos Anjos, na versão em inglês (The Club of Angels), foi escolhido pela New York Public Library como um dos 25 melhores livros do ano. No ano seguinte, recebeu o Prix Deus Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz, França.
Quer participar?
Os cartórios interessados em participar do projeto podem compartilhar sugestões de nomes de personalidades gaúchas marcantes que estão registradas em suas serventias, enviando um e-mail para imprensa@anoregrs.org.br. Com as informações iniciais, a equipe de Comunicação da Anoreg/RS retornará o contato para dar continuidade à produção da reportagem.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Anoreg/RS
Outras Notícias
Anoreg RS
Consultor Jurídico – Artigo – MP que cria sistema eletrônico deve padronizar informações dos cartórios
10 de janeiro de 2022
Cartórios de todo o país iniciaram o ano com uma nova legislação estabelecida pelo governo federal.
Anoreg RS
Cartórios e Acesso à Justiça – 3ª Edição revista, atualizada e ampliada
07 de janeiro de 2022
Livro trata da contribuição das Serventias Extrajudiciais como alternativa ao Poder Judiciário
Anoreg RS
R7 – Número de meninas em casamentos infantis é maior que o de meninos
07 de janeiro de 2022
Grande parte das uniões são informais e contam também com gestações precoces
Anoreg RS
O Estado de S.Paulo – Artigo: O Amanhã dos ofícios da cidadania – Por José Renato Nalini
07 de janeiro de 2022
O Registro Civil das Pessoas Naturais é a delegação extrajudicial mais democrática no sistema notarial-registral...
Anoreg RS
ConJur – Artigo: Acesso à recuperação judicial precisa ser uma realidade para as associações – Por Gabriele Chimelo
07 de janeiro de 2022
O tratamento das questões das recuperações judiciais de associações é fato recente na prática judicial brasileira